A instituição familiar, fundamental na reprodução social, sofre em suas bases os múltiplos efeitos devastadores do crescimento da pobreza que dá origem ao alto índice de vulnerabilidade e provoca danos no entranhado de relações sócio-afetivas de reprodução permanente. As manifestações que emergem desta situação são, entre outras, a violação dos direitos das crianças e adolescentes, o alcoolismo, a drogadição, a delinqüência, a exclusão do sistema educativo formal, a insuficiente preparação para a inserção no mundo do trabalho, etc. As clássicas intervenções atacaram somente ao emergente, ou seja, aos síntomas do problema. Impõe-se uma nova e complementar forma de intervenção. Associações sem fins lucrativos e vinculadas a diversas comunidades religiosas sempre existiram. O novo é esta consciência generalizada do papel que podem desempenhar numa sociedade cujas instituições estão em constante transformação. Existe uma função de representação do vínculo entre o cidadão e os problemas da sua coletividade sempre mais confiada às organizações da sociedade civil. A população beneficiária do Programa são todas as crianças e adolescentes da idade compreendida entre os 12 e 20 anos, priorizando para a sua incorporação, aqueles que se encontram numa situação de vulnerabilidade psico-social. Características dos adolescentes que participam do projeto: - excluídos da escola - baixo rendimento escolar - repetência freqüente - não trabalham nem estudam - em situação de rua - filhos de mães e pais precoces - uso de substâncias tóxicas - desamparo e desagregação familiar - situação de pobreza econômica