07:30 Oração da Manhã
Os participantes foram recebidos com uma bênção, com o sinal da cruz na testa com perfume típico do Pará-Brasil: o açaí. Depois se seguiu para a Aclamação da Palavra de Deus, e um momento de condivisão.
08:00 Café da Manhã
08:45 Divisão dos grupos por províncias – para a construção de propostas de atuação em suas respectivas províncias.
09:30 Chegada do Arcebispo Metropolitano de Londrina – Dom Orlando Brandes.
O Arcebispo chegou ao fórum, enquanto os participantes do Fórum trabalhavam em grupos, se dirigiu ao refeitório para tomar café com alguns membros da organização do evento.
09:45 Discurso do Arcebispo Dom Orlando Brandes
Arcebispo da Arquidiocese de Londrina, Dom Orlando Brandes cumprimentou a todos os fiéis, participantes do Fórum Internacional, e disse: “Vocês da Família de Murialdo, já nasceram com a sensibilidade pelos pobres”.
O Arcebispo fez observações que voltou da CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil) e votou no Documento de Aparecida, fazendo a opção pelos pobres.
Elogiou o trabalho da EPESMEL na cidade de Londrina:
“A EPESMEL é um tesouro da Arquidiocese, e da nossa cidade. Porque retira o pobre da periferia e o torna cidadão... vocês da EPESMEL e da Família de Murialdo, na cidade de Londrina, ajudam a diminuir a violência na cidade... além disso, vocês nos ajudam a ser cristãos.”
Agradeceu aos padres, missionários e leigos, que trabalham na realidade da cidade de Londrina.
Acredita que o trabalho da FdM é também o da evangelização. Considerando que os que hoje são ajudados e atendidos, amanhã poderão ser os próximos a optarem pelos pobres, como discípulos missionários.
Fez considerações especiais para os que trabalham na África, uma vez que este continente é “desprezado” pelos países mais ricos. Dizendo: “Eu me alegro muito em saudar-lhes, pelos vossos trabalhos. Eu creio que ainda seremos surpreendidos com este continente.” Porém, valorizou todo o trabalho da FdM em todos os outros países. Incentivando a todos para continuarem na missão. Acreditando que depois deste Fórum, todos os participantes voltarão às suas províncias, mais animados e dispostos a trabalharem com os pobres, crianças e jovens.
Despediu-se com uma bênção aos presentes, com muita alegria.
10:00 Trabalhos em Grupo – continuação da construção de propostas de atuação em suas respectivas províncias.
11:30 Apresentação das Propostas dos Grupos
13:00 Almoço: bacalhoada, grão de bico, arroz, feijão, rocambole de carne bovina, saladas, frutas típicas e sorvete como sobremesa.
14:30 Leitura da carta do Pe. Mario Aldegani
A retomada dos trabalhos foi marcada pela leitura da carta do Pe. Mario Aldegani, escrita para todos os participantes do Fórum, da FdM.
A FdM à serviço dos últimos:
O mesmo trabalho em todo o mundo
No primeiro dia do Fórum da FdM foram apresentadas as diferentes atividade e iniciativas realizadas nas diferentes partes do mundo. Projetos e grandes realizações diversas s, cada um com as suas próprias características, dando assim, a retomada da FdM, que sendo diferentes, de contextos e situações ambientais e geográficas, estão operando no mesmo espírito: um idêntico empenho e com a mesma paixão, em cada canto do mundo: para as crianças de Durazzo, na Albánia, ou por aquelas crianças de Santa Maria da Serra a Medellín; para as crianças de Fundeporte de Quito ou do Projeto de Dom Bosco de Ambato, de Belém, de Kissy; de Getafe ou de Hermosillo, de Nápoles ou de Mendonça
Nestas considerações, podemos notar as seguintes características comuns em toda a FdM - à serviço dos “pobres e abandonados”:
1. Um serviço que vê a presença e a plena responsabilidade dos leigos e leigas religiosos, lado a lado, juntamente com voluntários ou contratados, que na sua maioria, são jovens empenhados neste serviço e que sem os quais, o nosso serviço não teria a atual dimensão no mundo.
2. Um trabalho desenvolvido “em rede”: esse (trabalho) chama a todos aqueles que querem trabalhar para o bem dos jovens pobres e abandonados, que querem fazer algo para eles: pessoas e instituições que se coloquem, juntos, por uma causa comum.
3. Um trabalho desenvolvido no contexto social, sempre na interação com as instituições públicas, inserido dentro das políticas na defensão da causa dos mais fracos e dos mais pobres, lutando contra a burocratização dos serviços. Em nome dos direitos e da dignidade das pessoas, priorizando as relações.
4. Um serviço que conduz a FdM sempre mais no coração do carisma de Murialdo e do sonho que ele nos deixou como herança: “quanto mais são pobres e abandonados mais ainda são os nossos”.
5. É um serviço que tem uma conotação social que vai ao encontro das necessidades e dos direitos fundamentais e primárias das crianças e jovens pobres, tais como: a alimentação, a saúde, a instrução, a formação, que vá ao encontro das necessidades de relação, de afeto e de casa. Interpretando a sede que eles têm de Deus e da transcendência, mesmo expressa em formas contraditórias e “irregulares”.
Os desafios mais importantes para a FdM, para com os últimos são:
· A formação, sobretudo nos conteúdos pedagógicos e carismáticos que caracterizarão e unirão a FdM;
· Identidade e a função próprias dos religiosos e religiosas, dentro de uma realidade do serviço para com os últimos na FdM;
· Construir e revelar sempre mais o “ser murialdino”: a pedagogia do amor, o estilo da FdM, o “ne perdantur”;
· Integrar no serviço evangélico a promoção humana para que as crianças, adolescentes e jovens conheçam e levem ao fim a sua vocação terrena e eterna.
A família está a serviço dos últimos com o seu testemunho de unidade, com a sua atividade e realidade, está se empenhado a entrar no coração dos jovens, para lhes dar a segurança e redescobrirem os recursos que eles mesmos têm, para construir um mundo novo, mais solidário e único, onde as limitações não são barreiras que dividem, mas escancarar as portas para o verdadeiro encontro de vidas e de comunhão com os mais pobres.
(Pe. Mario Aldegani)
14:45 Conclusão das propostas de atuação da FdM
LINHAS DE AÇÃO PARA A FAMÍLIA DE MURIALDO
1) Ser fiéis ao carisma, reconhecendo as crianças, adolescentes e jovens pobres e abandonados como profetas e fazendo do nosso apostolado junto deles uma profecia.
2) Viver a Pedagogia do Amor como identidade da FdM dando atenção especial aos sinais dos tempos.
3) Manter viva a mística dos membros da FdM mediante a oração, a formação pessoal e profissional e o apostolado.
4) Fortalecer-nos como FdM reconhecendo e valorizando indicadores de pertença adequados a cada território, compartilhando responsabilidades e articulando-se num trabalho de rede.
5) Desenvolver a FdM com espaços de formação e participação conjunta em âmbito local, estadual, nacional e internacional, utilizando também as “Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação” (NTIC).
6) Desenvolver formas de colaboração, corresponsabilidade e comunhão de vida entre os membros da FdM abertos à possibilidade de criar comunidades caracterizadas pela vida em comum.
7) As estruturas das obras estejam ao serviço dos últimos sendo dinâmicas, ágeis, simples e flexíveis; vistas não como essenciais para as obras, mas funcionais ao fim a que se destinam: a promoção integral das crianças, adolescentes e jovens pobres e abandonados. No caso de obras não significativas ao carisma, se tenha a coragem de deixá-las.
8) Que a FdM intervenha na formulação, execução e avaliação das Políticas Públicas em favor das crianças, adolescentes e jovens pobres e abandonados, interagindo na legislação através da formação de redes, tendo por base um projeto de sociedade coerente com o Evangelho.
9) Avaliar nossa missão e nossas práticas apostólicas à luz do Evangelho, do Carisma e das Ciências Sociais.
17:00 Entrega dos Certificados aos Participantes do 1º Fórum Pastoral da Família de Murialdo.
17:30 Missa de Encerramento
19:30 Janta