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Linha de ação terceira

Manter viva a mística do carisma dos membros da FdM com a oração, a formação pessoal e profissional e o  apostolado.

Iniciar uma reflexão sobre os temas como a mística, a oração, a formação e o apostolado... Corre-se o risco de preencher-se  com  infinitas palavras e de repetir coisas óbvias sem alcançar maior nível de profundidade. Não sei se serei capaz de sair desta armadilha, porém  vou tentar...

Acredito que uma narrativa do Evangelho de Lucas, onde  nos diz o  que Jesus fez durante um dia inteiro, pode nos servir como ponto de partida. O texto está em Lc 6,12-23

“ Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos. Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro; André seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão chamado Zelador; Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor.

Descendo com eles, parou numa planície. Aí se achava um grande número de seus discípulos e uma grande multidão de pessoas vindas da Judéia, de Jerusalém, da região marítima, de Tiro e Sidônia, que tinham vindo para ouvi-lo e ser curadas das suas enfermidades. E os que eram atormentados dos espíritos imundos ficavam livres. Todo o povo procurava tocá-lo, pois saia dele uma força que os curava a todos.

Então ele ergueu os olhos para os seus discípulos e disse:”Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o Reino de Deus! Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis fartos! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque vos alegrareis! Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos ultrajarem, e quando repelirem o vosso nome como infame por causa do Filho do Homem! Alegrai-vos naquele dia e exultai, porque grande é o vossa recompensa no céu. Era assim que os pais deles tratavam os profetas.”

Um Jesus que se retira para rezar e passa ali toda a noite, sozinho com seu Pai. Pela manhã chama seus discípulos e escolhe  doze a quem lhe dá o nome de apóstolos.

Chama-os a cada um de  modo pessoal, pelo seu nome, para formar sua comunidade, para que sejam seus amigos. O evangelista Marcos, relatando este momento, nos dirá que os chamou para que estivessem com ele para enviá-los a pregar. Estas são as dimensões centrais da comunidade apostólica: a partilha da amizade  e da mesma vida de Jesus e  ser enviados a pregar, a anunciar a Boa Notícia do Reino. Nos dirá, também, que para realizar esta missão será dado o poder de curar e expulsar o mal da humanidade.

Logo, com sua comunidade, Jesus desce do monte para a planície onde encontra a multidão. Gente vinda de diversos lugares, judeus e pagãos, simbolizando a universalidade do kerigma evangélico.

Uma multidão que se reuniu para ouví-lo – sentir sua palavra, sentir a “Palavra” é deixar-se ensinar por ela – e para ser curada – porque ele os curava de suas enfermidade com a força que saia de seu interior e porque os livrava do poder do mal.

Por que, então, este texto? Porque uma vida “mística” para o cristão é uma vida no estilo de Jesus... e porque olhando um dia de vida do Senhor, em quem vemos realizada em plenitude essa desejada harmonia entre a ação e a contemplação, entre o serviço, a pregação e a oração, podemos vislumbrar como deveria ser um dia em nossa vida, se é que na verdade queremos ser “ cristãos”,  isto é, presença de Cristo, hoje, em nosso mundo. Porque assim, como o Evangelho de Lucas constantemente, nos mostra  Jesus que  é  conduzido pelo Espírito Santo ( Lc 3,22 ; 4, 1 . 14 . 18 ), assim, também, o cristão é aquele que se deixa conduzir pelo espírito de Jesus... Esta é a “ mística do cristão”: viver no Espírito, deixar-se conduzir pelo Espírito, seguindo os passos de Jesus.

Haverá muitas outras possíveis definições do que é “mística” e certamente, muito válidas dentro de seus contextos de interpretação. Não vamos nos deter nelas. Somente vamos focalizar neste tipo de mística cristã que significa essa força interior que penetra e permeia todas as dimensões da pessoa; que é dom do Espírito e amor apaixonado  no coração dos homens.

Vivendo no Espírito, recebemos o dom do “carisma”, que é um modo particular de seguir a Jesus com a força do Espírito. É “dom” que acende o fogo de  nossa paixão de amor interior. Fogo que queima e arde; como aquele fogo da Palavra de Deus que o profeta Jeremias  sentia arder no seu interior: Jr 20,9. É o mesmo “dom-paixão” que queimava o coração de Leonardo Murialdo e o empurrava para as opções que naturalmente, estavam longe de sua maneira de ser: deixar o colégio, com a possibilidade certa de ser nomeado entre os melhores alunos, para reencontrar a paz espiritual  na reconciliação com Deus e consigo mesmo; abandonar a ideia de ser engenheiro ou alcançar outros títulos acadêmicos para seguir o chamado de Deus ao sacerdócio; evitar ser um teólogo famoso e de carreira eclesiástica para dedicar-se aos jovens mais pobres nos bairro periféricos; permitir a liberdade de circulação que  lhe oferecia sua situação social e eclesial para recuar até o fim de seus dias como reitor do colégio dos pequenos artesãos de Turim; deixar para trás  todo o gosto e todo o temor para fundar uma congregação e fazer-se religioso entregando-se até o extremo. A “mística” é um  “dom” que encarnando-se na nossa realidade, em nossa própria vida, se faz paixão que não nos “deixa tranqüilos jamais”, não nos permite aburguesar-nos.

O carisma é o dom de Deus para o serviço da Igreja que ao ser acolhido em nossa vida se transforma nesta paixão de amor que penetra e move todo nosso ser. Como todo carisma, se trata de um modo especial de configurar os elementos centrais da espiritualidade cristã formando  uma “constelação” diferente e bem identificada. No espaço celeste as constelações têm suas formas e características bem diferentes e próprias, porém todas estão compostas pelos mesmos elementos: as estrelas. O dom do carisma, embora um o descubra gradualmente ao longo de sua história pessoal, é algo que vem conosco desde antes da criação do mundo, desde o mesmo projeto eterno de Deus. Ele, eternamente, já nos pensou e amou assim, o carisma era parte de nosso nome-identidade. Nunca poderia existir na mente de Deus um “homem” que não tenha sido pensado em Cristo (já desde Adão e Eva) e a quem não foi dado um carisma para poder seguir a Jesus de um modo próprio e pessoal na história!!! Na Igreja, os diferentes carismas têm formas, estilos e características que  os tornam muito diferentes uns dos outros, porém todos são compostos do mesmo: ser discípulos de Jesus. Quando o carisma-dom é acolhido em nossas vidas com toda a paixão de amor, torna-se “mística” em nós Mística que é potência de vida... e própria vida no Espírito  Santo. É força interior que nos move, nos obriga crescer e amadurecer como pessoas e nos impele  a nos doarmos no amor. Por isso, entendida  neste ponto de vista, a mística é esse tesouro interior que devemos  guardar e reforçar.

Nós, FdM, que temos recebido o dom do carisma de Murialdo e temos acolhido em nossas vidas, vivendo-o como uma paixão que envolve todas as dimensões de nossa vida, temos o direito – dever de cultivar este dom, multiplicá-lo e fazê-lo dar muitos frutos na Igreja para o serviço do mundo. Só assim, doando-nos, apaixonadamente, no estilo de São Leonardo, encontraremos a felicidade. Porém... Como manter e aumentar este dom...? Como amadurecer em nós...? A tradição espiritual da Igreja e, especialmente, esta terceira linha de ação da FdM nos fala de três dimensões ou instrumentos fundamentais a considerar: a oração,  formação – pessoal e profissional – e o apostolado.  Detenhamo-nos um pouco sobre cada um:

A oração:

Este “falar de amizade com aquele que sabemos que nos ama” surge, para nós da experiência transformante e sedutora do amor de Deus. Disse João em sua primeira carta ( 1Jo 4,16) : “ ... nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele”. A oração, pessoal e comunitária, brota do enamoramento, da paixão do amor. Por isso, uma pergunta absurda  é se tem que “ir a Missa todos os domingos”... ou “rezar todos os dias”...? Se existe um amor apaixonado, o encontro com o amado é uma necessidade imprescindível. Se não existe, em troca, esta relação de amor, não existe a oração. Poderemos, inclusive, recitar muitas orações bonitas... porém,  serão apenas conchas vazias... Para quem experimentou o amor de Deus, deixa-se amar por Ele e o ama, rezar é viver... e  a falta de oração é suicídio...! Porque a oração é a respiração da alma.

Cada um deve encontrar seu modo pessoal de rezar, segundo sua própria sensibilidade espiritual e suas possibilidades concretas de fazê-lo. Deve rezar sozinho e também, em comunidade, porque a fé, como todas as dimensões profundamente humanas da pessoa, abraça a integridade de nosso ser, na sua realidade individual e comunitária. Quando se acende uma fogueira, cada pedaço de lenha pega fogo, e logo pode-se separar a lenha acendida e usá-la como tocha, longe da fogueira... porém, provavelmente, este pedaço de lenha isolado se apagará muito mais rapidamente daqueles que estão juntos no fogo, porque ali compartilham o mesmo fogo e acrescentam seu calor entre eles. Assim, também, é a oração, mantém vivo o fogo de nossa fé e nos acompanha com sua luz e calor, onde vamos, porém ainda necessita da comunidade porque ali se alimenta, multiplica e se coloca a serviço, compartilhando seu fogo aos demais. 

Ler, meditar, contemplar  e  compartilhar a Palavra, a nível pessoal ou comunitário,  a sós com teu Pai que o vê no secreto, o compartilhar momentos de adoração, deixando-o deslumbrado com o amor do Pai revelado em Jesus, em sua encarnação e nascimento em Belém, em seu coração misericordioso e terno, transpassado de amor por nós na cruz e, sobretudo, como dizia Murialdo falando dos três milagres do amor de Deus: a manjedoura, a cruz e a Eucaristia – no Santíssimo Sacramento, onde Jesus se torna nosso escravo e nos espera cada dia... É a experiência da Eucaristia como celebração da vida, extasiados na celebração da alegria pascal e com a consciência de estar cada vez, desfrutando do milagre maior do que se poderia imaginar: O Deus da vida e Senhor do Universo que por amor esvaziou-se  a ponto de fazer-se pão para que alimentando-nos Dele, sejamos transformados Nele. Participando de cada Missa como se fosse a primeira, a única, a última... com a paixão do amor com que a vivia Murialdo.

Nosso carisma combina a oração com o serviço. Pe. Reffo, o primeiro biógrafo de São Leonardo, nos dizia que Murialdo   trabalhava muitíssimo cada dia, era um homem de oração e ação, porém mais de oração que de ação... Por isso, quando as muitas ocupações do dia no lhe davam tempo para permanecer em oração, passava muitas horas da noite em diálogo com Deus. Seguindo seu exemplo, também nós devemos harmonizar a oração com o serviço, ser “contemplativos na ação”. É viver de tal maneira nosso contato com Deus que tudo o que fazemos se transforme em oração. Porém, para que esse ideal seja realidade, devemos tomar consciência que não é possível ser “contemplativos na ação” se antes não somos “contemplativos em contemplação”, isto é, se não dedicamos muito tempo de cada dia a estar a sós com o Senhor... Quanto? Tanto quanto o amamos...!

O apostolado  - serviço:

O nosso apostolado, isto é: o serviço que Deus nos confiou na Igreja para a Construção do Reino de Deus, é a educação cristã dos jovens mais pobres e necessitados. Este é o nosso “nome” (= missão) na Igreja, é nossa identidade. No corpo místico da Igreja, cada carisma faz a contribuição de uma determinada função para o bem de todo o corpo. Nós, desde o carisma que Deus nos tem dado em São Leonardo, educamos evangelizando e evangelizamos educando.

É a paixão do amor por Jesus Cristo que se fez paixão pela humanidade e, concretamente para nós, para essa porção da humanidade que são os últimos, “os mais nossos”.  O nosso olhar descobre e ama os jovens pobres ao contemplar os mesmos olhos de Jesus e, ao deixar-se olhar e amar por Ele, se deixa penetrar e acolher por eles, que são os mais necessitados, porém ambos,  mais ricos de sua presença. Como membros da FdM devemos optar sempre por eles, escolhendo constantemente o “mais”... entre os jovens pobres... a prioridade, isto é: aqueles que não podem deixar de ser atendidos direta ou indiretamente por nós, são os “mais pobres”, os “mais necessitados”. Todas nossas obras e comunidades devem colocar-se a caminho neste sentido, repensando as atuais prioridades ou se já estamos caminhando por estes caminhos, intensificando o passo e melhorando a qualidade de nosso serviço aos últimos, fortalecendo a formação na justiça social, na missão e na solidariedade.

Uma paixão de amor que busca “estar com os jovens” ( isto, na tradição dos Josefinos vivia-se sendo : “sacerdotes de pátio”...!), compartilhando com eles como amigos, irmãos e pais, no estilo de Murialdo. Tentando não prender-se apenas nos papéis burocráticos e administrativos, senão que impulsionados por este amor apaixonado a eles, acompanhando-os com a sua animação e educando-os  com a sua presença e sabedoria de vida. O leigo, murialdina ou Josefino verdadeiro, não se “aposenta” jamais nesta paixão de animação e educação dos jovens mais pobres. Infelizmente, às vezes se vê atitudes ou situações onde parece que estar sempre com eles em papéis de animação e educação seja “uma enfermidade dos religiosos ou leigos jovens que se curam com os anos!”

E este nosso estar com os jovens tem um selo de identidade que nos caracteriza: “ A Pedagogia do Amor”, um estilo de serviço educativo marcado pela acolhida, a presença, a escuta e o afeto (cfr. Documentos Finales del II Seminário Pedagógico Internacional de la FdM: “Dejarse amar para evangelizar”). Esta Pedagogia do Amor tem como chave a “educação do coração”, tomando  “o coração” no seu sentido bíblico, como sede profunda da consciência e a liberdade do homem e lugar do encontro com Deus, e não apenas como o espaço de  onde emergem nossas emoções e sentimentos.

O serviço do apostolado não é “opcional” para nós. Junto com São Paulo poderíamos dizer:” Ai de mim, se não evangelizar!” Quem não coloca a serviço tudo o que tem, quem não compartilha generosamente, termina perdendo o pouco que tem ( cfr. Mt 25,14-30: Parábola dos Talentos).Além disso, nossa maior fortuna… e a crescente responsabilidade é que já sabemos qual será a pergunta que nos será feita no exame final de nossas vidas: amaste?...!!! ( Mt 25,31-46). É a única unidade que irão examinar… nem mesmo a desculpa de dizer:” É que  me enganei, eu me preparei em outra  unidade, em outro capítulo… não tive tempo para esta…!”

Há na terra de Israel uma realidade geográfica que é em si mesmo uma parábola. Olhando de norte a sul se estende o rio Jordão atravessando as desérticas terras palestinas. O rio  alarga-se em dois momentos, formando duas realidades totalmente diferentes. Ao norte, o primeiro lago, o da Galiléia  e de Cafarnaum, um espelho de água em torno da qual a vida fervilhante, floresce e se multiplica. Quase 100 km ao sul, o mesmo rio alarga-se formando o Mar Morto, e tal como seu nome indica, nada vive ali. Tudo  morre  sob seu sal… Alguém se pergunta, porque o mesmo rio, a mesma água que numa parte gera tanta vida, noutra torna-se morte...

Haverá tantas respostas científicas, porém acredito que uma das chaves é que no lago da Galiléia a mesma quantidade de água que entra é a que sai, enquanto que no mar morto só entra água...não sai nada. Permanece ali até que se evapora aumentando ainda mais sua salinidade e sua incapacidade de gerar vida... Deus enche-nos com seus dons e cada dia nos faz desabrochar com a água de sua graça. Quando doamos e nos entregamos da mesma maneira, essa fonte de vida se renova e multiplica em nós e nos dá a possibilidade de gerar também, vida ao nosso redor. Quando, em troca não compartilhamos a água recebida, nosso lago cheio de água estancada torna-se doentio... e  mais tarde ou mais cedo termina provocando morte... Se amar é dar vida... o egoísmo é assassino e suicida!

A formação:

Não podemos amar a Deus e ao próximo verdadeiramente e saudavelmente, se não temos também um amor saudável por nós mesmos. Já nos dizia o Antigo Testamento quando na lei nos pede:”ama a teu próximo como a ti mesmo” (Lv 19,18), recordando-nos que quem não sabe amar-se a si mesmo, tão pouco saberá como amar a seu próximo. O amor, quando é  adequadamente vivido, nos  leva a entrar em relação com Deus Pai como filhos, com o próximo como irmãos e conosco  mesmo e com o criado como senhores. O amor, que  é paixão de vida, leva-nos a crescer e amadurecer. Ao passar do egocentrismo infantil  à doação generosa da maturidade. Nos é dada  aquela sabedoria que nos faz entender que a verdadeira felicidade não se encontra na busca ansiosa da auto-realização, senão na alegria de dar e de ser. Ninguém encontra a felicidade quando a busca por si mesma, porém todos conseguem ser felizes quando amam e se entregam generosamente.

Compartilhar nosso tesouro interior, dar daquilo que está dentro de nossa mente e nosso coração...

Uma realidade possível na medida da abundância que está em nós. Ninguém pode dar o que não tem. Daí a necessidade, o direito e  o dever-responsabilidade de formar-nos. Formar-nos, na prática, significa ter uma opção clara e determinada, uma capacidade, esforço e sacrifício. 

Nossa cultura moderna tem desacreditado muito no valor do sacrifício como meio  de crescimento, formação e caminho de maturidade. Parece que hoje os únicos sacrifícios que a sociedade aceita, sem julgá-los de atrasados e desumanos, são as dietas para colocar em forma (“ formar”) o corpo e, no máximo, os diversos esforços e renúncias para conseguir um melhor trabalho... Lamentavelmente, a falta de educação e sacrifício dos nossos adolescentes e jovens provoca hoje tanta dor e frustração desde as primeiras dificuldades da vida... A formação implica determinação e vontade. Assim como escalar uma montanha exige sacrifício e luta, porém a alegria final de atingir o cume e de ver ali os imensos horizontes que se abrem, compensa mil vezes o esforço realizado, assim é o caminho de formação. Um  caminho que não pode ser esgotado em estudos de formação inicial, mas se estender-se durante toda a vida, e não apenas nos  campos profissionais e culturais, mas também, na sua dimensão espiritual e carismática – cristã.

A responsabilidade de cuidar e educar cada criança – jovem como  Jesus, no estilo de São José, obriga-nos cultivarmos-nos bem para poder dar muitos e bons frutos.  Ninguém pode colaborar na educação do coração dos jovens não tem um coração “educado”. Somente os homens livres liberados, só quem ama, apaixonadamente, educa a amar. E é isso que Murialdo nos exorta constantemente com seu “Fazer o bem e fazê-lo bem”. Lema que São Leonardo não só repetia muitas vezes, mas que, sobretudo,  vivia intensamente, mantendo-se em constante formação, lendo, participando de congressos e cursos, viajando para conhecer as melhores experiências educativas de seu tempo...

Quero terminar esta reflexão, lendo a partir desta perspectiva a partir do texto de Mt 6,2-6.16-18:

“… Quando, deres esmola, a mão esquerda ignore o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo, e teu Pai, que vê o segredo, te recompensará...

... Quando orares, entra no teu quarto, feche a porta e ora a teu Pai  em  segredo; e teu Pai, que vê o segredo, te recompensará ...

...Quando jejuares, unge a tua cabeça e lava teu rosto, para que teu jejum não seja conhecido pelos homens, mas a teu Pai  em segredo; e teu Pai, que vê o segredo, te recompensará.”

Jesus nos exorta a viver toda nossa vida com um estilo de amor-doação vivido na humildade: nosso relacionamento com os outros, representada na oferta ( nossa  doação no serviço e apostolado), com Deus na oração e conosco mesmo  em jejum (nosso esforço para formarmo-nos)...Neste estilo de viver essas três dimensões, que sintetizam e abarcam toda nossa existência, nos sentimos profundamente identificados como FdM, já que fomos marcados pelo lema  que Murialdo assumiu e divulgou:”Agir e Calar”.

Que São Leonardo Murialdo, este místico apaixonado por Deus e pelos jovens mais pobres nos contagie e transforma-nos ainda mais nesse fogo de amor para seguir a Jesus e serví-Lo  “ nos mais nossos.”

 Alejandro Bazán C.S.J.

 


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